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domingo, 24 de julho de 2011

UM GOVERNO NO COMBATE A MISÉRIA

      A entrevistada deste domingo na AGÊNCIA BRASÍLIA é a secretária Arlete Sampaio. Ela fala sobre os projetos da Sedest e da luta contra a extrema pobreza no Distrito Federal.

Suzano Almeida, da Agência Brasília


Nesta semana, a Agência Brasília conversa com a secretária de Desenvolvimento Humano e Transferência de Renda do Distrito Federal, Arlete Sampaio. Responsável por uma das principais pastas do governo Agnelo Queiroz, a médica e militante da área social tem a sua frente a importante missão de combater a pobreza, a desigualdade social e o uso de drogas na capital de todos os brasileiros. Em uma conversa franca, Arlete Sampaio fala sobre as principais metas e desafios de sua secretaria.

Qual a situação da pobreza no DF e como funcionará o DF Sem Miséria? Em parceria com o programa do governo federal?

Nós fizemos uma pesquisa através do Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos] que identificou uma estimativa de 93 mil famílias extremamente pobres no DF. Essa população é que merecerá uma atuação mais detalhada do governo.

O Programa DF Sem Miséria se baseia em três eixos. O primeiro é a garantia de renda. Então, não só vamos atualizar o cadastro dos beneficiários, para que de fato no programa sejam focalizadas as famílias pobres e extremamente pobres, como faremos a busca ativa daquelas famílias que têm necessidade da transferência de renda e que ainda não foram incluídas no Bolsa Família.

O segundo eixo é a oferta de serviços públicos à população extremamente pobre. Serviços das áreas de saúde, educação, saneamento, água, luz e esgoto, habitação, não só com a construção de moradias, mas também na melhoria das condições de habitabilidade.

Nós teremos nessa linha, por exemplo, alfabetizar as pessoas que ainda não são alfabetizadas. Nós constatamos na pesquisa do Dieese que a maior concentração de pessoas extremamente pobres de Brasília se refere a domicílios que são chefiados por mulheres que tem filhos com menos de 15 anos e que não são alfabetizadas. Já iniciamos o processo de alfabetização de uma parte dessas pessoas.

O terceiro eixo do programa é a geração de oportunidades, de emprego e renda. Com o cadastro que nós temos do Bolsa Família é possível termos cerca de 128 informações socioeconômicas de integrantes da família beneficiada pelo programa. Essas informações nos permitirão saber o nível de escolaridade de cada membro da família, se em algum momento da vida um dos membros dela já foi trabalhador formal. Sendo assim, poderemos verificar que pessoas poderão ser destinadas a cursos ou a uma capacitação profissional, que permita que elas retornem ao mercado de trabalho.

E como se darão estas iniciativas?

Todas as iniciativas serão feitas de maneira conjunta pelo governo. A grande particularidade do DF Sem Miséria é que ele é um programa integrado. Não é um programa da Sedest e sim do governo e de todas as secretarias que possam realizar ações para as famílias extremamente pobres. Hoje temos 15 secretarias envolvidas neste programa. Todas fazendo ações destinadas às famílias extremamente pobres, no intuito de atendê-las, garantir serviços públicos, criar oportunidades e geração de emprego e renda.

Quem coordena as ações conjuntas do programa DF Sem Miséria?

A Lei que foi aprovada na Câmara Legislação, que institui o DF Sem Miséria, prevê para além do Comitê de Enfrentamento à Pobreza, criado no mês de março, um comitê gestor que vai acompanhar, monitorar e avaliar as ações do programa. Esse comitê é constituído pelas secretarias de Governo, da Fazenda, de Planejamento e pela Sedest, que coordena o comitê gestor.

Como inserir essas pessoas no mercado de trabalho?

Nós teremos obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), da Copa de 2014, para as Olimpíadas [2016]... Então, teremos um incremento da construção civil. Todos os arcos ocupacionais vão precisar de pessoas qualificadas: carpinteiros, marceneiros, eletricistas, pedreiros, azulejistas e todas as demais profissões desse seguimento.

Do mesmo jeito, no turismo teremos um incremento na necessidade da força de trabalho. Teremos mais hotéis, vamos demandar mais camareiras, mais cozinheiras... E há vários ramos da área de turismo que têm que ser explorados, para que possamos qualificar os beneficiados pelo programa Bolsa Família, permitindo que também tenham acesso a esses empregos formais. Além disso, temos que desenvolver experiências da Economia Solidária, para que estas pessoas tenham oportunidade de promoção social e autonomia em relação aos programas de transferência de renda.

Como a Sedest funcionava antes de sua gestão e como ela funciona hoje?

Antes ela funcionava a serviço das empresas e hoje, a serviço das pessoas. Nós encontramos a Sedest com um programa de transferência de renda totalmente dissociado dos programas federais. Por uma lei, que foi constituída pelo governo anterior, havia um cadastro especifico para programas do GDF, chamado Cadu-DF. Além dele, nós tínhamos pessoas cadastradas no Bolsa Família, do governo federal, e cadastros do programa anterior Pró-Família e do Bolsa Escola. Eles foram usados o tempo todo de forma apartada, de maneira que hoje temos certeza de que há duplicidade de benefícios.

Agora estamos concluindo a unificação destas bases de dados, mas ainda achamos isso insuficiente, porque precisamos ter segurança que o cadastro dos programas sociais, que a partir de agora será o único meio de identificação das famílias pobres e extremamente pobres de Brasília, seja construído de maneira correta. Ou seja, que estejam no programa as pessoas que realmente precisam, as que tenham o corte de renda definida pelo programa, que é de até R$ 140 por pessoa.A partir da unificação das bases, realizaremos a atualização cadastral justamente para que o nosso cadastro seja considerado limpo, real e que reflita a situação da pobreza e da extrema pobreza no Distrito Federal.

Como será feito o pagamento dos benefícios daqui para frente?

Em julho, todos os beneficiários passaram a receber pela Caixa, para que o GDF reduza as despesas operacionais com o programa. Então, grande parte das pessoas que vão receber o benefício em agosto, correspondente ao mês anterior, já terão o pagamento pela Caixa. Só não receberá pela Caixa aqueles que recebem o Bolsa Social e o Bolsa Escola. Eles só passarão a receber pela Caixa quando nós terminarmos a atualização cadastral, quando incluirmos essas pessoas no cadastro único dos programas sociais.

Quantas famílias recebem algum tipo de assistência no DF?

Hoje em Brasília 162.483 famílias recebem algum tipo de transferência de renda e são várias as modalidades. Existem 50.500 pessoas que recebem exclusivamente o Bolsa Família, do governo federal; 50.700 família que recebem os programas Bolsa Escola e Bolsa Social, que são programas do governo local, e existem as que recebem recursos do DF e da União. Nós temos vários tipos de situações. Pessoas que recebem recursos com cartão da Caixa Econômica, pessoas que recebem do BRB e pessoas que recebem parte do dinheiro na Caixa e parte no BRB.

Os benefícios chegaram a não serem pagos por falta de controle das inscrições?

Em nenhum momento. Apesar de o governo passado ter deixado de atualizar 10.071 cadastros, as famílias não deixaram de receber por um pacto que nós fizemos com MDS [Ministério do Desenvolvimento Social e Transferência de Renda]. Iniciamos o recadastramento dessas pessoas e caso não consigamos concluir todo o recadastramento as famílias terão o benefício bloqueado por um tempo, até que possamos atualizar o cadastro. São mais de 10 mil famílias e nós não temos funcionários suficientes para trabalhar com a agilidade que precisaríamos, já que elas deveriam ter sido recadastradas no ano passado.

O GDF terá que usar mais recurso no combate à pobreza?

Nós não vamos pender valores diferentes dos que o governo tem hoje. Só vamos reorganizar esses programas para que o público preferencial dessas ações seja atendido.

Qual o perfil histórico dos excluídos do DF?

Existe um seguimento da sociedade que foi excluída de todo acesso à oportunidade, desde a alfabetização à inserção no mercado de trabalho. Essas pessoas vivem em situação extremamente precária. Portanto, o Estado tem uma divida social enorme com essas pessoas. Sabemos que não é possível pensar que apenas com crescimento econômico e geração de emprego essas pessoas serão inseridas, porque há um déficit social enorme. Temos que começar oferecendo uma oportunidade de renda para essas pessoas. Isso se faz a partir da transferência de renda agregada a outros benefícios, como o acompanhamento dessas famílias pela assistência social, pela oferta de serviços públicos e pela criação de oportunidades de emprego e renda, para que elas possam se promover socialmente.

Quais são os principais entraves para que essas pessoas saiam dessa situação?

O principal entrave é que essas pessoas tem um baixo nível de escolaridade quando não são analfabetas. Então essa é a principal dificuldade para que elas possam inclusive trabalhar. Sabemos hoje que até para ser empregada doméstica há uma exigência de um mínimo de escolaridade. Essas pessoas não têm acesso a nenhum tipo de trabalho porque a sua escolaridade é muito baixa e este déficit nós temos que ajudá-las a superar. Por isso, nós estamos com um trabalho forte na educação.

O governador Agnelo Queiroz já definiu como um dos grandes objetivos erradicar o analfabetismo no Distrito Federal e nós estamos começando inclusive com pessoas que foram identificadas, já no nosso cadastro, como mulheres, chefes de famílias analfabetas. Por isso, elas serão inclusas no programa de alfabetização e de elevação de sua escolaridade, para que possam começar a ter chances de acessar algum tipo de geração de emprego e renda.

A Sedest tem parceria com a Secretaria da Mulher para que as chefes de família possam melhorar suas condições de vida?

Pelas nossas pesquisas, 23% das pessoas extremamente pobres no Distrito Federal são mulheres, chefes de famílias, com filhos e analfabetas. Obviamente há uma exigência para que criemos uma articulação com as secretarias da Mulher e de Educação para que estas mulheres sejam alfabetizadas e para que possamos oferecer a elas alguma oportunidade para saírem dessa dependência dos programas de transferência de renda. Então, vamos ver caso a caso em que tipo de atividade essas mulheres podem ser inseridas. Cada família será analisada individualmente, daí a diferença do acompanhamento via assistentes sociais.

Como será este acompanhamento?

As famílias deverão ser acompanhadas pelos Centros de Assistência Social (Cras) justamente para que suas situações sejam identificadas. O cadastro permite essas informações socioeconômicas e as famílias que serão acompanhadas poderão ser encaminhadas para o serviço que elas precisam. Por exemplo, uma mulher que pode ser destinada ao serviço de camareira, mas tem problema de dentição e o hotel não vai querer contratar essa pessoa, nós teremos que tratar essa pessoa. Nós vamos ter que gerar serviços para que ela possa tratar dos dentes e ser admitida no trabalho. De fato, estamos devendo muito a esta população, historicamente excluída. Agora, temos que recuperá-las dessa situação de exclusão.

Quais são as principais regiões mapeadas pelo levantamento do DF Alfabetizado?

Nós encontramos 33 territórios de maior vulnerabilidade no DF. Quando chegarmos ao final do cadastro único, via cruzamento de informações, saberemos a localização de cada uma das famílias, quantas pessoas, qual o nível de escolaridade de cada uma e, aí, poderemos, dentro da família, retirar uma pessoa para ser qualificada e inserida no mercado de trabalho. Isso elevará a renda familiar e possibilitará que a gente, na próxima revisão cadastral, possa descobrir que essa família superou o corte de renda que a inclui no Bolsa Família. A partir de então ela passará a viver de maneira autônoma.

Qual a situação do Bolsa Universitária?

Existem dois programas equivocados de bolsa universitária no DF. Um que fica na Secretaria de Ciência e Tecnologia e outro que fica com a Sedest. O que fica aqui é um programa que se diz sem contrapartida, porque os alunos que têm bolsa da Sedest não tem que dar as 20 horas semanais, mas somente quatro horas por semana. Descobrimos que esse programa não tinha o menor controle e vários alunos tinham corte diferente do que a lei que criou o programa estabelece e não tinha nenhum acompanhamento pela Sedest. Criamos um grupo de trabalho para fazer um balanço desse programa e estamos concluindo esse estudo, para ver como iremos redesenhar o programa.

Qual o principal problema do programa?

Diferentemente do Prouni, que não desprende de recursos por parte do governo, mas apenas uma compensação de isenção de impostos, aqui em Brasília a Sedest paga 50% da bolsa do aluno, o aluno paga 30% e 20%, a principio, é a contrapartida da faculdade ou universidade. Para nós este desenho é extremamente equivocado. Não é o nosso objetivo continuar como está hoje, temos que reestruturar para que possamos dizer que estamos prestando um serviço público à população. Muitas vezes estamos formando um aluno que vai simplesmente promover sua própria acessão social e não devolver à sociedade esse tipo de benefício.

Como solucionar essa questão?

O mais importante para a população é que o GDF crie mais vagas públicas nas academias e institua a universidade do Distrito Federal. É melhor fazer isso do que simplesmente fazer essa contratação despendendo recursos mensalmente para beneficiar poucos alunos. É um gasto muito elevado para o tanto de gente que estamos atendendo. Brevemente, lançaremos em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia outro programa com novos critérios, sobretudo de acompanhamento por parte do Estado do desenvolvimento desse aluno.

Qual a situação da pasta ao assumi-la?

As demandas que temos que atender são superiores às demandas de atuação. Nós solicitados ao governo e fomos atendidos. Estamos pleiteando realizar um concurso no semestre que vem, sobretudo para a área de assistente social, porque hoje não temos mais nenhum assistente social no banco de reservas para ser chamado. Nós tínhamos uma subsecretaria de Segurança Alimentar que possuía uma única nutricionista para dar conta de acompanhar todos os restaurantes comunitários. Precisamos fazer concurso para essa área. Os nutricionistas que temos hoje foram requisitados das secretarias de Educação e de Saúde. Ainda temos um déficit muito grande, mas aos poucos vamos conseguindo programar concursos públicos e conseguir mais gente para nos ajudar nos programas.

Quais são as áreas mais afetadas hoje?

Nós temos três áreas: transferência de renda, assistência social e segurança alimentar. Hoje temos 12 restaurantes comunitários. Vamos inaugurar mais um no Riacho Fundo II e em breve estaremos construindo um no condomínio Sol Nascente (Ceilândia). Isso exige uma quantidade muito grande de pessoas para acompanhar este trabalho. No início do ano, quando houve o decreto de exoneração do governador, essa área perdeu 216 servidores e a imensa maioria era de cargo comissionado, sobrando somente 16 funcionários de carreira na subsecretaria. São áreas que foram constituídas sem funcionários de carreira necessários para desenvolver o trabalho e que agora estamos construindo um processo com a Secretaria de Administração para fazermos concurso no segundo semestre, adequando, sobretudo, essa área de segurança nutricional.

Qual tem sido o papel da Sedest no combate às drogas?

O governador Agnelo Queiroz constituiu um comitê de Enfrentamento ao Uso de Crack e outras drogas no Distrito Federal. Esse comitê é coordenado pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Nela é que fica o Conselho de Entorpecentes (Conem). Nós [secretários] participamos do Conselho Gestor e estivemos recentemente com o ministro da Saúde [Alexandre Padilha], a ministra do Desenvolvimento Social [Tereza Campello], o ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo] e a Secretaria sobre Drogas, do Ministério da Justiça, discutindo junto com a Sedest, a Sejus, a Secretaria de Saúde um conjunto de ações com o governo federal para que possamos dar conta do combate ao uso de drogas ilícitas e lícitas e, sobretudo, do crack.

Já há um conjunto de ações previstas, com a construção dos Centros de Atendimento Psicosocial (Caps) de álcool e drogas, adulto e infantil; leitos hospitalares para que possamos internar as pessoas em situação aguda, além de construir residências terapêuticas, que possam contribuir para que os usuários estejam acompanhados pela saúde.

Quais são os principais desafios da Sedest e quais as metas para os próximos quatro anos?

Fazer efetivamente com que a Secretaria cumpra sua missão institucional, que é a implantação do Sistema Único Social (SUS) e a implantação do Sistema de Segurança Alimentar Nutricional (Sinsan). São leis federais e sistemas federais que estão sendo constituídos em todo o Brasil e que a gente tem que constituir em Brasília, adequando ao sistema de funcionamento das nossas unidades de assistência social às políticas do SUS, adequando as políticas de segurança alimentar federal às políticas do governo local, as políticas de transferências de renda aos programas do governo federal.

Havia até recentemente nesta Secretaria uma indisposição em desenvolver os programas federais aqui. Tanto que se fazia questão de se diferenciar dos programas daqui. Isso cria dificuldades para potencializar aqui as ações do governo federal. Quando nós todos caminhamos no mesmo sentido os resultados a serem obtidos serão mais facilmente alcançados.

Outro desafio é o DF Sem Miséria. Brasília é a cidade que possui o maior nível de desigualdade social e nós queremos contribuir para que esta marca deixe de existir no Distrito Federal. Estamos empenhados que ao final desses quatro anos do governo Agnelo Queiroz tenhamos diminuído a desigualdade, superando a situação de extrema pobreza.

É possível vencer a pobreza em quatro anos?

O governo do presidente Lula reduziu em oito anos em 50% a extrema pobreza no Brasil, retirando 28 milhões dessa situação. Por isso, é sobre essa base que a presidenta Dilma coloca a tarefa do programa Brasil Sem Miséria. Como nós temos a situação em Brasília de certo modo privilegiada, por termos um orçamento bastante generoso e uma população extremamente pobre pequena, proporcionalmente ao Brasil, achamos que é possível com uma ação eficaz, de busca ativa e presentes em todas as áreas do governo de fato alcançarmos o resultado desse objetivo. É muito difícil falarmos de erradicarmos a pobreza, zerar traços de pessoas extremamente pobres, mas se nós alcançar o objetivo de aproximarmos a zero já teremos alcançado a nossa meta.

O mais importante é que as pessoas percebam que este governo está querendo atuar de forma absolutamente diferente dos governos anteriores, tendo como foco principal o ser humano, a vida e a dignidade das pessoas. Nessa medida terá que ser um governo transparente, ético e que use os recursos públicos para o bem da comunidade. Não admitiremos que os recursos públicos tenham como foco principal as empresas ou empreiteiras. Elas serão contratadas para trazer benefícios à sociedade, numa perspectiva absolutamente ética. Essa será a diferença fundamental, para que todos os cidadãos de Brasília reconheçam que nós não queremos fazer política baseada em clientelismo. Nós queremos fazer políticas com base no respeito aos direitos sociais que as pessoas possuem.

fonte: Agência Brasilia

Agenda do governador Agnelo Queiroz para este domingo (24/07)

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
Secretaria de Estado de Comunicação Social


- SEM COMPROMISSO OFICIAIS

MINI HOSPITAL EM BRAZLÂNDIA

     O empresário Branco Pirenópolis está estudando uma forma de entrar na área da saúde. Segundo informações o ex-morador da cidade já está em fase final de negociações e deverá muito em breve inaugurar um clinica com cara de Mini - Hospital na cidade de Brazlândia. A localidade do novo negócio do jovem empresário deverá ser nas proximidades do CDS.

SAIDA DE PITIMAN: PT E PMDB MEDEM FORÇAS POR MAIS ESPAÇOS

Lilian Tahan
Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli enfrentam agora o desafio de fazer
 alterações sem enfraquecer a aliança que os conduziu ao Palácio do Buriti
      A aliança que sustentou a eleição de Agnelo Queiroz (PT) ao Governo do DF passa pela primeira provação. Com a iminente saída do secretário de Obras, Luiz Carlos Pitiman (PMDB), o vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), espera fazer o sucessor. A indicação do novo homem da infraestrutura, que movimentará orçamento robusto, será como uma régua para indicar se houve, nos primeiros seis meses de governo, um deslocamento de poder. O vice-governador quer indicar para o cargo o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Maurício Canovas. Mas ainda não há consenso sobre o nome. Petistas se preparam para avançar algumas polegadas em direção ao espaço aberto com a saída do peemedebista do GDF.

Pitiman teve uma atuação ousada no governo. Cresceu, apareceu — demais para o gosto de petistas e até do próprio Filippelli — e, com essa postura, cavou a própria saída do Executivo. O retorno do secretário para a Câmara dos Deputados é como uma carta retirada de uma torre de baralho. Se a operação não for feita com muito cuidado, pode derrubar toda a estrutura. Por se tratar de uma vitrine, o setor das obras foi um dos mais negociados na formação do novo governo. A escolha de Pitiman foi interpretada como o triunfo logo na largada de Filippelli, que, ao sugerir o nome do amigo, conseguiu demarcar um território estratégico.

Avaria

Seguindo um raciocínio linear, se Pitiman é uma indicação de Filippelli, o afastamento dele provoca uma avaria na musculatura política do vice-governador. As circunstâncias da exoneração do secretário de Obras, no entanto, não permitem um entendimento simplista desse movimento no tabuleiro do poder. Pitiman tem pretensões de crescer na carreira pública e usou o cargo no primeiro escalão com o foco de onde quer chegar. O atrevimento de inaugurar obras, noticiar ações e articular indicações incomodou petistas sobretudo, mas causou desconforto também a Filippelli, que conquistou o posto de vice, mas tem como meta a função de governador.

Ainda não há, no entanto, um ganhador na batalha por mais influência no governo. A escolha do nome que ocupará a vaga aberta por Pitiman é fundamental para decretar quem ganha e quem perde com a queda do secretário indicado por Filippelli. É exatamente neste ponto que se encontra o cabo de forças entre o PT e o PMDB. O vice-governador manterá o prestígio na pasta se conseguir, por exemplo,confirmar Maurício Canovas, que hoje preside a Novacap na Secretaria de Obras.

Mas ainda não há consenso sobre a indicação. Com a vaga aberta, o PT sabe que terá de ouvir Filippelli, mas espera se apropriar de, pelo menos, uma fatia do espaço até então sob o domínio dos PMDB. Segundo petistas, o perfil que Agnelo espera do próximo titular da pasta é o de um engenheiro sem pretensões políticas. Para o PT, no entanto, um consenso que favoreça o partido deve ser tratado com cautela, pois a estratégia é avançar um pouco sobre o espaço cedido aos peemedebistas sem ruir a relação que sustenta o governo.
Novo caminho
Em menos de dois anos, o PMDB teve uma trajetória movimentada.Passou das mãos do ex-governador Roriz, fez escala na gestão de Arruda e, após disputas internas, abraçou o PT em uma campanha vitoriosa. A crise de identidade do PMDB começou com a decisão do então presidente da legenda, Tadeu Filippelli, de se descolar de Roriz, que não correspondia às suas expectativas políticas.

Filippelli comandou um movimento interno no partido que determinou a saída do ex-governador da sigla em setembro de 2009. Roriz pressionou para ter a garantia da legenda em 2010, quando pretendia se lançar ao governo. Na batida de frente, perdeu o ex-governador, desgastado em função do escândalo da Bezerra de Ouro.

Com a saída de Roriz do PMDB, o partido se aproximou de Arruda. Mas a aliança foi interrompida em função da Caixa de Pandora. Ao vislumbrar o cenário de crise dos partidos diretamente envolvidos no escândalo, Filippelli iniciou as conversas com o PT ao mesmo tempo em que trabalhou o partido para concorrer às eleições indiretas.

O resultado foi a condução de Rogério Rosso ao governo temporário e a aproximação com Agnelo. Em junho do ano passado, Rosso tentou concorrer à reeleição, mas foi desautorizado por Filippelli, que, àquela altura, já estava acertado com o PT.

Mudanças à vista

A troca na Secretaria de Obras é a mexida mais importante nessa primeira etapa do governo. Mas provavelmente não será a única. Agnelo ainda pensa em substituir a secretária de Educação, Regina Vinhaes. Há algumas semanas, a decisão estava tomada. Mas o governador ainda não encontrou um nome considerado ideal para colocar no comando de um dos setores mais delicado do governo.

Uma das explicações comentadas no meio político para a substituição de Regina seria a necessidade de abrir mais espaço para o PDT. Integrantes da cúpula do governo, no entanto, não confirmam a versão, com o diagnóstico de que a possível saída de Regina se deve um ajuste técnico numa área que, segundo autocrítica dos próprios petistas, ainda não apresentou resultados satisfatórios. Além disso, consideram que o PDT estaria muito bem contemplado com a Secretaria de Trabalho.

Já as negociações com o PTB são no sentido de que o partido ganhe um naco no GDF e abra uma vaga na Câmara Legislativa para a acomodar outro petebista, o suplente de distrital Dr. Charles. A ideia é que o deputado Cristiano Araújo (PTB) vá para o Executivo. Ele queria o Desenvolvimento Econômico, área que o governo resiste em ceder. Tentou o Trabalho, o que desalojaria o indicado do PDT, resolvendo uma questão, mas criando um outro problema. Foi então oferecida a Secretaria de Juventude a Cristiano, pasta que o deputado, a princípio, rejeitou com desdém. A pessoas próximas, confidenciou que é novo, mas não bobo. Quer uma vaga com prestígio e orçamento.

O governador ainda deve abrir espaço no GDF para abrigar Ricardo Quirino, que, com o retorno de Pitiman para a Câmara, perdeu o mandato de deputado. Representante do PRB, partido aliado de Agnelo, Quirino deverá ser absorvido em algum posto da área social. Na próxima semana, ele se sentará com o governador para conversar sobre as hipóteses de trabalho no Executivo. (LT)

Por isso, representantes dos dois grupos tratam o caso com muita reserva. Filippelli tem evitado falar sobre o assunto e integrantes do PT preferem contemporizar a crise. “A escolha do próximo secretário deve levar em conta um acerto com o vice-governador. Apesar de a gente achar que o PMDB tem muito espaço no governo, sabemos que a aliança não foi apenas para vencer as eleições. Estamos no início da gestão, precisamos fazer acertos e correções, mas não pode haver ruptura em hipótese alguma”, considerou o presidente do PT no DF, deputado federal Roberto Policarpo.

fonte: correioweb

BRAZLÂNDIA: DE MALAS PRONTAS E FORA DO GRUPO DEMOCRATAS

         O lider comunitário tomou a decisão de se afastar de Eliana Pedrosa por falta de cumprimentos de acordos - segundo ele
 A politica tem reviravolta a cada dia que se passa. Em Brazlândia um dos coordenadores da Distrital Eliana Pedrosa resolveu abandonar o barco da Democrata e deverá se juntar ao grupo politico que comanda a cidade de Brazlândia. Segundo apurou o blogdogbu.com.br já se especula - se a nomeação de Neizinho da 34 na nova reestruturação. Vale lembrar que com o novo desenho da administração poderá háver a troca de nomes apartir da semana que vem. E Ney poderá ser mais um comissionado sob o comando de José Luiz Ramos. Será?

BRAZLÂNDIA: JUAREZÃO VOLTA A CENA COM JULGAMENTO

     O suplente de Deputado Distrital, Juarez Carlos - mais conhecido como Juarezão, deverá voltar a cena politica na cidade de Brazlândia. De acordo entendimentos preliminares o TRE deverá julgar ás contas do distrital Benedito Domingos na próxima semana. Vale lembrar que inicialmente ás contas de Domingos foram rejeitadas e o Tribunal poderá complicar de vez a vida de Benedito e seu mandato. A cidade de Brazlândia está acompanhando atentamente o desenrrolar de todo esse processo e caso o rito siga os trâmites legais a tendência seja de que Juarez Carlos realmente assuma o mandato de deputado distrital.

BRAZLÂNDIA: CNE'S A BRIGA VAI SER GRANDE

      Na administração de Brazlândia a briga pela a ocupação dos Cargos de Natureza Especial - CNE, irar atravessar fronteiras e existe a possibilidade de alguns personagens que já estão nomeados na administração ficarem de fora de tais escolhas. O chefe de gabinete Tarcilio já foi contactado para acalmar os ânimos de um parente seu e lhe convencer de que não brigue caso fique de fora de um dos cargos especiais que veio na reestruturação.

       No gabinete poderá ter novidades e pessoas que já acreditavam fielmente que seria contemplada já recebeu a informação de que dessa vez não será sua vez. Em contrapartida deverá háver algumas mudanças. A troca de alguns nomes já vem sendo defendido pela a cúpula do governo local para atender politicamente alguns grupos e assim fortalecer a presença de mais petistas na administração local. Então é só esperar!

A cada dia, dois homens são presos no DF por não pagar pensão alimentícia

       A cada dia, dois mandados de prisão são cumpridos no Distrito Federal por falta de pagamento de pensão alimentícia a filhos e ex-cônjuges. De acordo com a Polícia Civil, só nos primeiros 185 dias (seis meses) deste ano, 389 ex-maridos, pais e responsáveis foram parar na cadeia. A média deste ano mantém o índice registrado em 2010, quando ocorreram 756 detenções pelo mesmo motivo.

Segundo o delegado-chefe adjunto da Delegacia de Capturas e Polícias Interestaduais, Gerson de Sales, esse número poderia ser ainda maior. Um grupo formado por sete policiais recebe 40 mandados por semana, mas cumpre de 12 a 14 deles. “Com uma equipe maior, poderíamos dobrar a quantidade de prisões. Na área criminal, por exemplo, são 17 policiais e eles prendem o dobro do que por pensão alimentícia”, afirma o delegado. Ele ressalta que a polícia tenta cumprir o máximo de mandados possível e responde à Justiça semanalmente.

De acordo com o defensor público do DF João Carneiro Aires, o alto número de prisões por inadimplência de pensão alimentícia reflete a procura maior de ex-cônjuges, pais e responsáveis pela Justiça. A tramitação do processo e a resposta rápida da audiência — o pai/ex-marido sai do tribunal tendo que pagar valores provisórios até o juiz decidir o definitivo — encorajam mulheres a procurarem os seus direitos e os dos filhos. A primeira audiência geralmente ocorre de 10 a 15 dias depois do início da ação. Nela, os alimentos provisórios são decididos. Quanto aos definitivos, também podem ser definidos, caso haja negociação.

Sem acordo na primeira audiência, o processo pode levar até dois meses para ser finalizado, desde que as duas partes sejam localizadas nos endereços fornecidos à Justiça. “Eu trabalho há quatro anos nessa área e percebo que a procura tem crescido, principalmente no Distrito Federal, onde as mulheres estão bem informadas”, analisa o defensor público João Carneiro. Para ele, a má-fé dos pais em não pagarem a pensão também contribui para o aumento das prisões.

A advogada Eliene Bastos, especialista em direito da família, concorda com o defensor. Para ela, a prisão visa desestimular o mau pagador. “Quando o pai não tem condições reais de pagar, ele pode provar isso em juízo e não é preso. Os que são detidos tanto têm condições que, geralmente, arrumam dinheiro na hora para sair da cadeia”, explica.

Sustento

A assistente odontológica Elci Aparecida de Souza, 29 anos, tem quatro filhos — Gabriel, 12; Rafael, 8; Pedro, 4; e Bianca, 2. Por enquanto, apenas o pai da caçula paga R$ 300 de pensão e permite que ela more em uma casa de madeira no Varjão. Como Elci está desempregada, é esse dinheiro que sustenta a família. Ela também faz bicos para aumentar a renda. Até o ano passado, Elci nunca tinha recebido ajuda dos pais das crianças e não pensava em entrar na Justiça. Porém o filho mais velho alertou a mãe sobre os seus direitos e os dos irmãos. “Alguém da escola falou para ele. Aí ele me incentivou a correr atrás das pensões”, contou Elci.

A ação da pensão de Gabriel corre no Judiciário porque os pais não entram em acordo. “Ele quer me dar R$ 30 mensais e não aceito. Está empregado em um bom shopping de Brasília”, conta Elci. O pai de Rafael passou quatro anos sumido e, em janeiro deste ano, apareceu querendo levar o filho para passear. “Se ele quer passear, também tem que arcar com as despesas”, disse a mãe.

Ela acionou a Justiça, o valor da pensão foi acertado, mas até hoje o homem não pagou nem a primeira parcela. O pai de Pedro também não cumpriu o acordo judicial. Está com a prisão decretada e foragido. “Passo dificuldade para criar todos sozinha. O problema é que eles precisam de roupa, calçados, livros, cursos, e nem sempre eu dou conta de dar isso a eles”, conta Elci.

Para a professora de direito civil e constitucional da Universidade Católica de Brasília Ivonete Granjero, histórias como a de Elci e o número de duas prisões por dia são assustadores. “A cultura patriarcal do Brasil faz com que o homem que se separa se sinta desobrigado em relação à família. Eles se afastam e começa a batalha judicial”, explica.

Fique atento

A pensão alimentícia é um direito garantido pela Lei nº 5.478, de 1968, e pelo Código de Processo Civil. Entre os benefícios garantidos estão:

» O valor deve ser fixado na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada a pagá-lo.

» É obrigatório o pagamento de pensão quando quem apresenta o pedido não tem bens suficientes para manter-se, desde que o pagador possa fornecê-la sem comprometer as necessidades de seu sustento.

» A maioridade não implica suspensão imediata da pensão paga aos filhos. É preciso entrar com um pedido de exoneração. Ainda assim, o juiz pode determinar o pagamento dos alimentos até os 24 anos, caso o filho use esses recursos para estudar.

» A legislação não determina um percentual fixo da renda para quem paga pensão. Normalmente, esse valor fica em torno de 20% para um filho. Dificilmente, o percentual ultrapassa 40% ou 50% quando há vários filhos,mas as decisões são tomadas levando em conta cada caso.

» O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos.

» Se depois da fixação da pensão alimentícia ocorrer mudança na situação financeira de quem paga ou na de quem recebe, o interessado poderá pedir ao juiz exoneração, redução ou aumento do encargo.

» Grávidas podem solicitar pensão ainda durante a gestação. Para isso, basta apresentar provas ou indícios sobre a paternidade.

» O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante da sentença do divórcio.

» Com o casamento ou a união estável de quem recebe a pensão, o pagador fica desobrigado de desembolsar os valores.

Amplo benefício

A dívida da pensão alimentícia é a única que pode levar o indivíduo à cadeia. Estipula-se o valor levando-se em conta o salário, as necessidades do filho e o número de dependentes. Caso o pai não pague, ele pode ser preso por até dois meses, de acordo com a sentença do juiz. Se ele não desembolsar nesse tempo, é liberado. Porém se o pai continuar sem pagar, pode ser preso de novo, mas não pela dívida antiga, e sim pela nova cobrança dos meses seguintes não quitados. “A lei entende que se o indivíduo for preso pelo mesmo débito, vai perpetuar a situação”, explica o defensor público João Carneiro Aires.

As cobranças mais antigas são pagas por meio de penhora, que pode ser de bens e do salário — apenas nesse caso, é permitido fazer o arresto dos vencimentos. Em relação à captura on-line da conta do pai ou ex-cônjuge, o Judiciário tem um convênio com o Banco Central do Brasil pelo qual o órgão pode rastrear todas as contas bancárias do indiciado para retirar o dinheiro.

A dívida tem que ser cobrada por um tempo determinado. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), são até 90 dias retroativos ao início da ação judicial. Elci, por exemplo, pediu a pensão de Gabriel quando tinha 11 anos, portanto, ela não pode cobrar por todos os anos passados, mas, sim, no máximo pelos três meses anteriores. “A Justiça parte do pressuposto de que a criança ou a ex-esposa sobreviveram até então”, explica a professora Ivonete Granjero.

Gravidez

A pensão visa garantir os elementos naturais e civis da criança e adolescente. Mesmo grávidas, as mulheres podem pedir a pensão alimentícia ao pai da criança. As decisões mais modernas acrescentam ainda os alimentos compensatórios, que têm como objetivo reparar o desequilíbrio financeiro provocado pela separação. Um exemplo: quando o pai é a principal fonte de renda da casa. Se ele sai, mesmo com a pensão, a qualidade de vida do ex-cônjuge e do filho pode diminuir, por isso, o advogado pode pedir alimentos compensatórios.

Se o pai desaparecer, a mãe pode pedir na Justiça a solidariedade complementar no dever familiar. Dessa forma, a cobrança passa para os avós. “A primeira obrigação é dos pais, mas se eles não cumprirem com ela, ou não tiverem condições, a dívida passa para os avós. A lei sempre privilegia as crianças”, explica o defensor público João Carneiro Aires. Geralmente, a pensão para os filhos é paga até os 18 anos ou o término dos estudos. Para o ex-cônjuge, a pensão pode ser por toda a vida ou até novo casamento ou união estável da parte que recebe o dinheiro.

fonte: correioweb