ENQUETE: QUAL A AVALIAÇÃO QUE VOCÊ FAZ DA ADMINISTRAÇÃO DE ZÉ LUIZ ATÉ O MOMENTO EM BRAZLÂNDIA?

sábado, 16 de julho de 2011

CAMPO DE GRAMA SINTÉTICA: AUMENTA MOVIMENTO DEPOIS DE INAUGURADO

     A decisão do governo do Distrito Federal em inaugurar o campo de grama sintética no setor veredas, trouxe o beneficio do uso do espaço e  movimentou de forma significativa a região onde está localizado o complexo esportivo. O GDF deverá muito em breve inaugurar a Vila Olimpica da cidade e segundo a maioria dos moradores da região será o maior presente do governo Agnelo Queiroz para Brazlândia.

INTERNACIONAL: Exemplo para o trânsito brasileiro

  Em Riga, capital da Letônia, o Departamento de Trânsito local não brinca em serviço, parou em local proibido, não tem conversa: tranca a roda e o dono tem que pagar a multa para poder transitar novamente.

foto: Irineu Tamanini
fonte: blogdoclaudiohumberto

Agnelo Queiroz inaugura obras do Parque da Asa Sul

Trabalho marca o início do Programa Brasília, Cidade Parque.

    O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Eduardo Brandão, iniciaram na manhã desta sexta-feira as obras de revitalização e de infraestrutura do Parque de Uso Múltiplo da Asa Sul, na 614 Sul. Essa ação marca a abertura do Programa Brasília, Cidade Parque, lançado pelo governador durante as celebrações do Dia do Meio Ambiente, em junho.

“Estamos apenas iniciando um sonho. Ao assinar o decreto, no Dia do Meio Ambiente, sinalizamos que vamos recuperar todos os parques do DF”, afirmou o governador.

A meta do Brasília, Cidade Parque é revitalizar os 68 parques do Distrito Federal e 22 unidades de conservação, por meio de parcerias com empresas e instituições. Serão aplicados os recursos previstos, por lei, como compensação ambiental a serem cobrados das empresas responsáveis por diversos empreendimentos no DF. Ou seja, verba que deve ser aplicada na recuperação de áreas degradadas e que sofreram alteração por conta de obras em andamento.

No caso do Parque da Asa Sul, o GDF conta com a parceria dos institutos de Educação Superior de Brasília (Iesb), de Permacultura (Ipoema) e Holístico de Brasília. A gestão do parque continuará a cargo do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibram), com a participação da sociedade, o que consolidará a cultura sustentável de preservação.

Para o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Eduardo Brandão, o início das obras refletem a consolidação do projeto original de Brasília, pois era desejo do urbanista Lúcio Costa ter uma capital repleta de verde. “Os parques são as praias em Brasília”, comentou o secretário.

Ao parabenizar a comunidade pela persistência na defesa do Parque da Asa Sul, o senador Rodrigo Rollemberg lembrou que a área já foi ameaçada pela construção de um empreendimento imobiliário. A obra foi impedida após uma ação parlamentar, que, posteriormente, deu origem à lei que determinou a criação do Parque da Asa Sul.

Novas unidades – O Parque de Uso Múltiplo fica na 614 Sul, L2 Sul, área nobre de Brasília. Mesmo assim, o descaso de vários anos permitiu que o local fosse invadido, alvo de construções irregulares e tomado por usuários de drogas, mato e lixo. Agora, o GDF começa a transformar o parque em uma área com segurança, lazer e qualidade de vida, evitando o abandono e o mau uso.

O local, que já conta com nascentes e lagoa naturais, ganhará quadras poliesportivas, pistas de cooper, centros de multiuso, espaços de convivência e guaritas projetadas pelo arquiteto Paulo Zimbres, que também concebeu as instalações de todas as unidades do IESB. O projeto do Parque da Asa Sul deve ser reproduzido em 16 parques que o GDF entregará, por ano, aos moradores do Distrito Federal.

Segundo o governador Agnelo Queiroz, a próxima área a ser recuperada é o Parque Ecológico Ezequias Heringer, no Guará, que também sofre ameaças como invasões e acúmulo de mato, lixo e entulho. Também serão revitalizados os parques Três Meninas, em Samambaia, e o de Águas Claras, entre outros.

Para tanto, além do IESB, devem-se tornar parceiros do Brasília, Cidade Parque instituições de ensino como o Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e a UPIS – Faculdades integradas. Na recuperação do Parque Ezequias Heringer, está prevista parceria com a empresa JC Gontijo, que tem dívidas de compensações ambientais a serem pagas ao Estado.
Participaram ainda da solenidade de hoje, entre outras autoridades, os secretários Particular do governador, Bolivar Rocha; de Obras, Luiz Pitiman, e da Criança, Deoclécio Machado; a chefe de gabinete da Secretaria de Publicidade, Sueli de Roure; os presidentes do Ibram, Moacir Bueno; da Terracap, Maurício Canovas; do Conselho de Governo do DF, Roberto Wagner, e do Serviço de Limpeza Urbana, João Monteiro Neto; o deputado distrital Joe Valle; os administradores Regionais de Brasília, José Messias de Souza, e do Lago Sul, Abdon Henrique, além de prefeitos de quadra, lideranças comunitárias, moradores da região e equipes das entidades parceiras do empreendimento.

Secretaria de Estado de Comunicação Social
Foto: Roberto Barroso

Gama publica edital para cultura

Cultura, Esporte e Turismo: Administração Regional vai selecionar artistas

     A Administração Regional do Gama publica edital de chamamento para a seleção de artistas musicais, shows musicais e espetáculos para as programações culturais do ano de 2011. As inscrições serão realizadas em duas fases. Para os eventos que serão realizados nos meses de outubro, novembro e dezembro as inscrições iniciaram no dia 6 de julho e vão terminar em 15 de setembro, e só poderão ser efetuadas com antecedência mínima de 45 dias antes do evento.

As inscrições devem ser feitas na Diretoria Social da Administração, com a entrega da proposta e a documentação exigida no edital. Poderão participar do processo seletivo músicos, bandas, grupo de teatro, hip-hop, circo, cultura popular, grupos de dança e orquestra com residência comprovada no Distrito Federal e entorno. As propostas serão avaliadas e selecionadas em até 30 dias antes do início do evento, e a seleção será feita por uma comissão composta por cinco membros, sendo três da RAII e dois do Conselho de Cultura. Serão avaliadas a qualidade artística e técnica dos candidatos, currículo, detalhamento claro e coerente das propostas, potencial de inserção do artista no mercado e propostas adequadas física e conceitualmente ao espaço onde ocorrerão as apresentações.

O resultado da seleção será fixado nos murais da Administração e também publicado no Diário Oficial do DF. Mais informações poderão ser obtidas na Administração Regional do Gama ou por meio dos telefones 3484-9900/ 3484-9917/ 3484-9922.

Agência Brasilia

Distrito Federal tem 46 mil pessoas na extrema pobreza

LEA QUEIROZ, JORNAL DA COMUNIDADE


Foto: Gilda DinizMiguel Lucena, da Codeplan:
os mais vulneráveis são crianças, adolescentes e idosos
    Com uma transferência de renda complementar ao valor de R$ 70,00 mensais repassados pelo governo federal, entre outras ações, o Distrito Federal pretende emplacar seu plano de erradicar a extrema pobreza da capital federal até 2014. O governador Agnelo Queiroz sancionou na quinta-feira (14) a Lei nº 4.601 que institui o Plano pela Superação da Extrema Pobreza no Distrito Federal - “DF sem Miséria” e a nova lei foi publicada na sexta-feira (15) no Diário Oficial do DF. A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o projeto do Executivo que abre crédito suplementar para o programa, mas condicionou a liberação do crédito à elaboração de lei específica.

O programa vai beneficiar as famílias do DF que se encontram na extrema pobreza e, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, o valor do crédito suplementar não ultrapassará os R$ 90 milhões por ano gastos com bolsas sociais pagas pelo GDF a famílias de baixa renda.

O valor da suplementação de renda do DF a ser repassados às famílias ainda não foi definido, mas o projeto de lei já está sendo formulado e deve ser encaminhado à Câmara Distrital já na abertura dos trabalhos do segundo semestre. “Vou sentar com o governador para definir essa proposta e aí nos vamos mandar o projeto de lei para a Câmara. A gente vai reordenar o programa de transferência de renda aqui no DF porque está uma bagunça: tem gente que ganha X e tem gente que ganha Y. Na hora que a gente focar nos pobres e extremamente pobres a gente vai economizar dinheiro”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), Arlete Sampaio.

Sampaio acrescenta que após ser concluída a etapa de unificação do programa das bases de dados do DF é que será definido o valor suplementar que o GDF vai repassar além dos R$ 70,00 hoje transferidos pela União. “A gente vai fazer a suplementação porque consideramos que esse benefício da União é muito pouco para Brasília”, reforça.

Durante o lançamento do DF sem Miséria, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, chegou a destacar sua confiança de que o GDF pode ser o primeiro governo a extinguir a miséria no país. “O Distrito Federal saiu à frente de vários estados e tem uma chance grande de ser o pioneiro a atingir a meta”, observou a ministra na ocasião.

O IBGE, a partir do Censo 2010, definiu que a linha de pobreza extrema inclui todas as pessoas que pertencem a famílias com renda mensal per capita até R$ 70,00. Para o cálculo da renda familiar, o Censo 2010 considerou tanto a renda proveniente do trabalho como a proveniente de benefícios sociais.

Com uma população de mais de 2,5 milhões de habitantes, o Distrito Federal possui 46.588 pessoas em situação de extrema pobreza, que residem em 12.516 domicílios, o que representa 1,8% da população distribuídas em 1,65 das famílias. Desse total, mais da metade são mulheres (53,8%). A extrema pobreza no DF é menor que no restante do país, mas é também mais difícil de ser erradicada, é o que aponta os estudos desenvolvidos pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) que tratou de mapear e estratificar o quadro geral de pobreza no DF. Os que estão mais vulneráveis à extrema pobreza no DF, segundo os dados, são as crianças, adolescentes e idosos.

Territórios de VulnerabilidadeDos 62 territórios de vulnerabilidade social do DF identificados em pesquisa socioeconômica (DIEESE/Sedest/2010), 33 são consideradas vulneráveis, sendo a área de Chácaras de Ceilândia a mais vulnerável delas, seguida pela Fazendinha (Itapoã) e a QNM (também em Ceilândia).

Na área urbana do DF, as pessoas extremamente pobres equivalem a 1,7% (43.220) da população ou a 1,6% (11.591) dos domicílios. Na área rural, correspondem a 3,8% (3.368) da população ou a 3,9% (925) dos domicílios.

O tema “Fome e Miséria” representa um dos grandes desafios do governo Agnelo Queiroz (PT) na capital da República visto que o governador está alinhado com a meta da presidente Dilma Rousseff de erradicar a miséria no país. Nos últimos oito anos, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza, mas ainda restam 16 milhões nessa situação, sendo que desse montante 46 mil pessoas se encontram em condições de extrema pobreza no DF.

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou uma série de metas socioeconômicas a serem atingidas até 2015 que denominou de “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”. Para introduzir o debate desses objetivos na capital federal, a Codeplan realizou, em junho, o seminário internacional “O Desenvolvimento Humano de Brasília e os Objetivos do Milênio” que contou com a participação do governador Agnelo Queiroz e de representantes da ONU e do governo federal, entre outas autoridades. A Codeplan também lançou a publicação “Estudos e Políticas Sociais: Brasília e os Objetivos do Milênio” em que traz dados consolidados sobre a realidade do DF nas diversas áreas sociais apontadas pela ONU.

O presidente da Codeplan, Miguel Lucena Filho, destacou que o GDF está em harmonia com a decisão do governo brasileiro de buscar alcançar as metas do milênio e entre essas metas está a erradicação da pobreza com o Plano DF sem Miséria, que objetiva abolir a extrema miséria no DF até o final deste mandato de governo. Ele reforça que os estudos e debates vão propiciar a participação das entidades da sociedade civil no acompanhamento da execução das políticas pelas diversas secretarias afetas ao tema e a Codeplan vai cumprir o seu papel de órgão de planejamento de estudos e de desenvolvimento do DF.

Miguel Lucena, da Codeplan: os mais vulneráveis são crianças, adolescentes e idososFoto: Gilda DinizMiguel Lucena, da Codeplan: os mais vulneráveis são crianças, adolescentes e idosos

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) propôs um novo conceito de desenvolvimento: desenvolvimento humano sustentável. O novo paradigma surgiu para contrapor o conceito de desenvolvimento enquanto sinônimo de crescimento econômico.

Segundo o diretor da área de Estudos e Política Sociais da Codeplan, Osvaldo Russo de Azevedo, o GDF está atento a essa realidade e por isso vem promovendo a interlocução e estreitamento da articulação com o governo federal e os organismos internacionais, comprometendo-se a cumprir as metas de desenvolvimento dos objetivos do milênio.

Nesse contexto, Russo destaca o papel da Codeplan que inaugura uma nova fase no campo dos estudos e análises das políticas sociais, buscando produzir informação e conhecimento para subsidiar decisões que melhorem as condições de vida da população brasileira, em particular do Distrito Federal.

Na publicação “Estudos e Políticas Sociais: Brasília e os Objetivos do Milênio”, a Codeplan destaca que o objetivo central do desenvolvimento é melhorar a vida humana. “A maior riqueza de um país, ou de qualquer território, é o povo que ali vive. Da mesma forma que o desenvolvimento humano não se limita ao crescimento econômico, a pobreza humana não se restringe à falta de renda. Os governantes devem organizar-se para produzir e alcançar o desenvolvimento, erradicando a pobreza”, aponta o estudo.

Programa do GDF é destaque no país

O Distrito Federal é um dos seis governos do país com ações avançadas para erradicar a miséria e, assim, contribuir com a meta do governo federal de tirar 16,2 milhões de pessoas da pobreza extrema até 2014. Além do DF, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul já anunciaram seus programas com os planos próprios para erradicação da miséria, enquanto Rondônia e Maranhão estão se preparando para lançar nos próximos meses. Juntos, eles implicam um investimento de aproximadamente R$ 3,3 bilhões em recursos estaduais até 2014, enquanto o programa federal, Brasil sem Miséria prevê um gasto de R$ 20 bilhões anuais do Brasil.

Lançado pelo governador Agnelo Queiroz no início de junho, o plano DF sem Miséria objetiva erradicar a pobreza extrema no DF instituindo políticas de transferência de renda, formando mão de obra qualificada e garantindo à população o acesso a serviços públicos de qualidade. Nesse sentido, já havia sido instalado em março o Comitê Contra a Miséria que agrega 11 órgãos do GDF.

O programa DF sem Miséria objetiva promover a inclusão produtiva da população extremamente pobre visando superar essa condição. A iniciativa também busca elevar a renda familiar per capita; ampliar o acesso aos serviços públicos, ações de cidadania e bem-estar social; além de ampliar o acesso às oportunidades de ocupação e renda através de ações de inclusão produtiva nos meios urbanos e rural.

Entre as diretrizes da proposta estão a atuação integrada, democrática e transparente dos órgãos da administração pública do GDF; a universalização dos direitos sociais, garantindo acesso à população em situação de extrema pobreza; a interação de benefícios e serviços; o respeito à diversidade geracional, de gênero, raça, etnia e cultura, articulando políticas de combate à toda forma de discriminação.

O programa vai empreender esforços na construção do Cadastro Único dos programas sociais e a busca ativa para inclusão no Programa Bolsa Família dos que ainda estão fora da rede de proteção social. Também é destacado como eixo de ação aprimorar os mecanismos de focalização, além de complementar os valores repassados pela União, entre outras.

fonte: estaçaodanoticia

ESCÂNDALO: RADARES LIGADOS PARA OS NEGÓCIOS

Da revista Época: A prosperidade da empresa com contratos de R$ 190 milhões com o Dnit, cujo sócio é advogado de políticos enrolados com a Justiça

DE OLHO NA ESTRADA
Uma barreira eletrônica em estrada federal e o advogado Almeida Castro, o Kakay, dono de 7,5% da Data Traffic.


       Nas grandes cidades brasileiras, o motorista pisa no freio diante da possibilidade de ser multado por um radar eletrônico. Para evitar prejuízos, alguns memorizam a localização das engenhocas e outros, mais equipados, usam computadores de bordo que apitam quando o carro se aproxima do medidor de velocidade. Nas estradas federais a situação é diferente. Há tão poucos instrumentos de fiscalização que os motoristas se sentem à vontade para acelerar, circunstância que contribui para o aumento do número de mortos e feridos em acidentes de trânsito. No ano passado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) resolveu mudar essa situação e dotar as estradas federais de milhares de lombadas eletrônicas, radares fixos e máquinas que identificam quando os carros avançam o sinal. A licitação gigantesca atingiu o valor de R$ 1,4 bilhão e foi dividida em 12 lotes. O desempenho da empresa goiana Data Traffic, líder do consórcio Maxivias, surpreendeu o setor. Nas disputas pelos contratos, o consórcio abocanhou quatro lotes e garantiu cerca de R$ 190 milhões em contratos. Até então, ele conseguira, em sete anos, pouco mais de R$ 30 milhões em recursos do Dnit.

Não fosse por uma decisão da Justiça, que viu o risco de dinheiro público ser jogado fora, a Data Traffic teria fisgado um quinto contrato, ainda mais gordo. A empresa fez uma oferta de R$ 120 milhões para fornecer equipamentos eletrônicos que seriam insta-lados em rodovias federais que cruzam o Distrito Federal e vizinhanças. Outro consórcio, representado por uma empresa paranaen-se, deu um lance de R$ 89 milhões para prestar o mesmíssimo serviço. Apesar da economia que faria com a contratação da empresa paranaense, mais de R$ 30 milhões, o Dnit optou pelo preço mais alto. Desclassificou as propostas mais baratas ao afirmar que as empresas deixaram de cumprir regras básicas da licitação. Inconformada com a posição do Dnit, a empresa paranaense recorreu da decisão na Justiça e foi reintegrada à disputa. O Dnit e a Data Traffic contestaram. Na semana passada, com base em decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, proferida no final de maio, o Dnit foi obrigado a assinar contrato com a empresa do Paraná. Mas o caso não está encerrado. A Data Traffic brigará pelo contrato em outras esferas da Justiça.
O principal acionista da Data Traffic doou R$ 30 mil ao partido de Valdemar Costa Neto em 2009

      No rol de sócios da empresa há especialistas em disputas judiciais. O mais famoso é o advogado e empresário Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Fazem parte de sua clientela o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o dono do Pão de Açúcar, Abílio Diniz. Kakay, também dono de um dos restaurantes mais frequentados pelos políticos em Brasília, detém 7,5% do capital da Data Traffic, parcela estimada em R$ 2,5 mi-lhões. Apesar do aporte considerável de recursos, Kakay afirma não conhecer a rotina da empresa, não ter ideia dos contratos fir-mados pela Data Traffic nem conhecer a sede da empresa, localizada na cidade de Aparecida de Goiâ­nia. “Enxerguei uma boa o-portunidade de investimento. Voltei a ser acionista da empresa em setembro de 2010 e recebi, desde então, dividendos de R$ 7.410”, afirma. Irmão de Kakay e suplente do senador Gim Argello (PTB-DF), Marcos de Almeida Castro (PMDB-DF) tem outros 7,5% de participação na Data Traffic. Com os novos contratos, os dividendos dos irmãos Almeida Castro estão prestes a multipli-car.

O sucesso recente da Data Traffic pode estar atrelado às ligações com dirigentes do PR, partido que controla boa parte do Minis-tério dos Transportes e do Dnit como um feudo desde 2003. Principal acionista da empresa, Victor Hugo Serednicki foi a única pessoa física a doar recursos para o diretório nacional do PR em 2009. No dia 17 de março daquele ano, depositou R$ 30 mil na conta-corrente do PR. Victor Hugo mostrou-se surpreso com a pergunta relacionada à doação. “Partido da República?”, afirmou, aparentando desconhecer a doação. Foi seu pai, um dos fundadores da Data Traffic, o empresário Victor Leopoldo Serednicki, quem confirmou a ÉPOCA que o filho transferira o dinheiro. “Foi um pedido para a campanha de presidente da Câmara dos Depu-tados. Alguém pediu. Não lembro quem foi”, disse Leopoldo. Um mês antes do registro da doação, o então presidente da Câmara, o atual vice-presidente da República, Michel Temer, fora reconduzido para o cargo numa eleição em que não enfrentara nenhum representante do PR. A doação ao PR parece embutir interesses não republicanos, mas Victor Hugo diz que não se trata disso. “Não quisemos esconder. Foi tudo corretamente registrado.” Sobre outra doação, de R$ 20 mil, para o senador José Sarney, Victor Hugo tem uma resposta política: “Foi por ideologia”.

A Data Traffic e seus sócios não conseguem ficar distantes das polêmicas do Dnit e do PR. No ano passado, o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, dispensou licitação e contratou, em caráter emergencial, a empresa goiana para operar radares no anel viário de Belo Horizonte. O Dnit afirma ter contratado a Data Traffic depois de uma orientação do Ministério Público Federal. Preocupado com o número excessivo de acidentes naquela região, o MP determinou que o Dnit providenciasse o religamento de radares que haviam sido desativados com o fim do contrato. Como a Data Traffic vinha realizando o serviço, segundo o Dnit, teve preferência. Pelos servi-ços, sem licitação, a empresa recebeu R$ 1,1 milhão.
Há três meses, o deputado federal Pauderney Avelino (DEM-AM) cobra a instalação de uma CPI para investigar contratos do gover-no com empresas de radares e lombadas eletrônicas. Avelino afirma ter colhido assinaturas suficientes para criar a comissão. Mas a base governista não quer investigar o assunto. “A articulação para abafar o caso parte da liderança do PR na Câmara”, afirma Avelino. A CPI poderia servir como um radar para detectar irregularidades e impedir barbeiragens com os recursos públicos.

fonte: blogdodonnysilva

ENQUETE: Brazlândia diz se gostaria de Juarezão na CLDF

ENQUETE: VOCÊ É A FAVOR DE JUAREZÃO IR PARA A CÂMARA LEGISLATIVA COMO DEPUTADO DISTRITAL NO LUGAR DE BENEDITO DOMINGOS?
O blogdogbu.com perguntou se a comunidade de Brazlândia gostaria de ver um de seus moradores no parlamento do DF. Na verdade, como existia a possibilidade de Benedito Domingos ser afastado da função de distrital. O seu substituto natural seria Juarez Carlos. Agora veja o resultado final da Enquete e os seus números finais;

RESULTADO DA ENQUETE:

De Forma Alguma                      36%
Com Certeza                               35%
Não Veja Vantagem Nenhuma  24%
Estou Indeciso nessa Questão    3%


Votos até o momento: 182
Enquete encerrada