ENQUETE: QUAL A AVALIAÇÃO QUE VOCÊ FAZ DA ADMINISTRAÇÃO DE ZÉ LUIZ ATÉ O MOMENTO EM BRAZLÂNDIA?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Baltazar também não!


     A briga pelo o comando do PT local deverá trazer novos episódios dentro de alguns dias. O atual presidente Baltazar Cristino, será outro nome que não terá o apoio dos chamados "petistas da mudança". O grupo que busca sangue novo para o partido na cidade tem opinião parecida; " Eles são como produtos que tem prazo de validade. E isso já aconteceu." -disse um dos que defende mudança no comando do PT local. Entre os conservadores existe criticas que devam ser levados em conta; " Tem gente que eu trouxe para o partido e ainda nem saiu das fraldas e já quer pousar de liderança." - disse um dos prováveis candidatos ao comando do partido.

DESMENTIDA DENUNCIA CONTRA AGNELO

     O empresário José Seabra divulgou em seu blog na tarde desta quinta (24), carta em que desmente matéria veiculada pelo jornal O Globo. Confira:

“Embora eu seja de origem libanesa, conversei com Você ao longo dos últimos quatro dias, em português. Conversas em tons informais, sempre claras e objetivas. Você me procurou na segunda-feira 21, à noite.

Você queria repercutir um texto do meu blog, editado naquele dia. Eu dizia em meu artigo de Caixa 2 na campanha do então candidato Agnelo Queiroz ao Palácio do Buriti, em 2010.

Errei duas vezes. Primeiro, ao escrever. Segundo, ao confiar em um colega de profissão e revelar segredos que, eu disse, poderia estar infringindo o Código de Ética dos Jornalistas.

Errei mais vezes. Na terça e na quarta-feiras seguintes, ao aceitar, agora já na presença de um meu advogado, voltar àquele tema com Você.

Errei ao escrever, por entender que não cabe a um jornalista se utilizar de informações privilegiadas em benefício próprio. Errei, mas tenho cá comigo que foi inconscientemente.

Mas Você, Jailton, errou de má fé.

Para mim, foi muito desagradável ler sua matéria na edição de hoje de O Globo. Há passagens no texto que eu não disse. E, pior, Você teve a ousadia de editar uma imagem minha, quando recusamos, eu e meu advogado, a ser fotografados. Uma foto estampada em O Globo. Nós, jornalistas, escrevemos notícias. Não somos notícia. Eu não sou notícia. Então, por que Você, traiçoeiramente, mandou que eu fosse fotografado? E por que, com uma mediocridade que eu jamais supus existir, telefonou-me hoje cedo, desculpando-se, dizendo desconhecer minha imagem ilustrando sua matéria?

Ainda não consultei o Código de Ética dos Jornalistas, para saber até onde eu errei. Mas digo, sem medo de errar, que Você, sim, feriu nosso código de conduta.

Em nossa primeira conversa, na noite do dia 21, sugeri a Você usar o texto do blogueiro a título de fonte. Mas Você queria mais.

Tornamos a nos encontrar na terça e na quarta. Precavido, levei meu advogado. Porque outros coleguinhas haviam me alertado que Você não é pessoa que inspire muita confiança.

Você queria algo consistente. Mas eu nada podia provar.

Eu disse a Você que um amigo me procurou horas antes, e que buscava, junto a conhecidos comuns, suas economias para viabilizar o Jornal da Quadra, pois confiava em meu projeto editorial Só essa revelação bastava para que sua “pauta” caísse. Ou seja, nunca houve Caixa 2.

Até então eu havia errado. Mas fui honesto o suficiente para assumir isso. Na quarta-feira 23, eu disse na frente do meu advogado (e Você deve ter gravado a conversa) que não retirava uma vírgula sequer do diálogo da véspera. Veja bem: da véspera. Mas o ontem, em jornalismo, não existe. O que vale é a verdade de hoje.
Eu errei, Jailton. Mas Você traiu a confiança que não existe mais”.



fonte: blogdodonny

GDF NA HORA DO PLANETA

    O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, assinou na tarde desta quinta-feira (24) o termo de adesão à Hora do Planeta. Com o ato, o Distrito Federal se une às 3.800 cidades que vão apagar as luzes de seus principais monumentos para demonstrar que estão preocupadas com o aquecimento global. Neste sábado (26), das 20h30 às 21h30, o GDF vai apagar as luzes dos seguintes monumentos: Palácio do Buriti e Anexo, Memorial JK, Teatro Nacional, Catedral, Museu do Índio, Complexo Cultural da República e Ponte JK.

“Nossa cidade tem que ser o símbolo da sustentabilidade e tomar parte na luta pela defesa do clima, da preservação da água e das nossas riquezas naturais, para garantir o nosso futuro”, afirmou o governador.

fonte: blogdapaola

Deputada Distrital quer apuração

   A deputada distrital Liliane Roriz (PRTB) reclamou nesta quinta-feira do que considerou uma suposta manobra da Câmara Legislativa para “poupar” o governador Agnelo Queiroz (PT) de dar explicações sobre as acusações de uso de caixa dois na campanha eleitoral de 2010. De acordo com denúncia publicada pelo jornal O Globo desta quinta-feira, a campanha do atual governador gastou cerca de R$ 800 mil com um jornal comunitário para que publicasse matérias positivas sobre o petista, além de negativas sobre os adversários da chapa.

“Na semana passada, subi à tribuna da Câmara para pedir esclarecimentos sobre o caso da deputada Jaqueline. Hoje, eu iria subir para pedir o mesmo tratamento à denúncia que corre contra o atual governador. A lei tem que ser para todos”, afirmou Liliane ao blog. Segundo a parlamentar, mesmo com quórum suficiente, o vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Michel (PSL) encerrou a sessão com a justificativa de que ocorria no exato momento uma reunião do Colégio de Líderes. “É um absurdo que a Câmara se aos interesses do Executivo desta forma. Ficou claro o corpo mole que esta Casa fez para repercutir o caso”, reclamou.

No início da tarde desta quinta, Agnelo desmentiu as denúncias e afirmou que ela seria vingança do dono do jornal por não ter conseguido patrocínio do governo.

fonte: blogdopaola

Chico Leite se defende

   O deputado distrital Chico Leite (PT) disse ao iG que o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) é um ‘mentiroso contumaz’ e que o depoimento prestado ao Ministério Público faz parte de um plano de vingança. ‘Tenho certeza que ele está fazendo isso pois fui o relator do processo de impeachment na Câmara (de Brasília)’.

Leite negou qualquer pedido de ajuda a Arruda, mas confirmou o encontro com o ex-governador na casa do ex-Procurador-Geral de Justiça Leonardo Bandarra. Segundo ele, no final de janeiro de 2008 os três se reuniram. Na pauta, estaria um pleito do sindicato de professores de Brasília.’Existiu um encontro antes da greve dos professores, no final de janeiro de 2008. O coordenador do sindicato me pediu para intermediar um encontro com o governador pois ele não queria cumprir o plano de cargos e carreira (…) Como líder da oposição eu levava a categoria para o debate’, disse.

O deputado ainda comentou que pedir ‘estrutura de campanha’ para Arruda não faria sentido. ‘Como eu ia pedir alguma coisa para o adversário?’. E disse que nunca obteve nenhum tipo de favor do ex-governador.

Por fim o deputado disse que tudo não passa de ‘um jogo sujo de Arruda que quer jogar lama em todo mundo para ver se a sujeira se torna normal’. E que a população do Distrito Federal conhece sua conduta e não vai dar ouvidos às acusações.

fonte: blogdapaola

Petistas defendem Chico Leite

        O líder do bloco PT-PRB, deputado Chico Vigilante, divulgou nota sobre denúncia contra seu colega de partido Chico Leite. Confira:

“Tendo em vista notícia que envolve o nome do deputado Chico Leite (PT) em denúncia de suposta participação do esquema de corrupção revelado pela Operação Caixa de Pandora, publicado no Portal IG na tarde desta quinta-feira (24).

Afirmo que acreditamos na honestidade e seriedade do deputado Chico Leite. Portanto, ele tem a nossa solidariedade e apreço. Mas exigimos que tudo seja apurado com rigor para que não paire nenhuma dúvida sobre a bancada do Partido dos Trabalhadores nesta Casa.

Acabo de conversar com o deputado Chico Leite. Ele me disse que vai entrar ainda hoje com pedido de investigação junto a Mesa Diretora da Câmara Legislativa para que a Corregedoria investigue a conduta ética dele nesta Casa.”

fonte: blogdapaola

'Deputado do PT me pediu dinheiro', diz Arruda à Justiça

Ex-governador diz em depoimento que Chico Leite pediu recursos para tentar concorrer ao Senado

Adriano Ceolin e Severino Motta, iG Brasília
24/03/2011 16:37

Portal iG: Compartilhar: O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM) afirmou à Justiça que o deputado distrital Chico Leite (PT) participou do esquema de corrupção revelado pela Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal. É o primeiro parlamentar petista citado no escândalo. O iG obteve acesso a trechos do depoimento do ex-governador, prestado depois da eleição de 2010.

Arruda contou que Chico lhe pediu dinheiro em reunião realizada na casa do ex-procurador-geral do Distrito Federal Leonardo Bandarra. Ele é acusado de cobrar R$ 1,6 milhão de Durval Barbosa, delator do esquema. Em troca, o então procurador-geral tinha de blindar o governo contra investigações e fornecer informações privilegiadas. O petista confirma o encontro, mas nega ter sido beneficiado.

Deputado distrital em segundo mandato, Chico Leite é promotor de Justiça desde 1989 e colega de Bandarra no Ministério Público. Afastado do cargo, ele se elegeu pela primeira vez em 2003 pelo PC do B. Em 2006, migrou para o PT. Em 2010, tinha planos de se lançar candidato ao Senado.

“Eu tive vários encontros na casa dele (Bandarra), sempre chamado por ele. Eu diria que três ou quatro. Eu me recordo muito bem de dois. Um, onde estava o deputado Chico Leite pedindo dinheiro para campanha”, disse, de acordo com trechos do depoimento de Arruda à Justiça.

O iG entrou em contato com os escritórios de advocacia que defendem Arruda e Bandarra no processo, mas nenhum deles apresentou resposta até a publicação desta reportagem.

Leite queria concorrer ao Senado

Leite não concorreu ao Senado por falta de espaço no PT. O partido lançou uma chapa em parceria com o PDT e o PSB. Ex-colega de Leite no PC do B, Agnelo Queiroz (PT) disputou o cargo de governador. Os candidatos ao Senado do grupo foram Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg. Todos foram eleitos.

O ex-governador afirmou que o deputado reclamou do PT na conversa realizada casa de Bandarra: “Chico Leite fez uma série de críticas ao partido dele, as divisões internas, enfim, que gostaria de sair candidato ao Senado e para isso precisava de espaço na imprensa e dinheiro para campanha”.

Segundo Arruda, o encontro foi intermediado pelo então secretário da Casa Civil, José Geraldo Maciel. O ex-governador afirma que delegou a Maciel as negociações com Chico Leite. “(...) após esse encontro o meu chefe da Casa Civil e o deputado Chico Leite tiveram vários outros encontros, eu acho que não preciso entrar no detalhe (...)”, afirmou

O ex-governador deixou claro que Bandarra estava ajudando Chico Leite. “Eles sabiam que queriam um lugar absolutamente reservado para me pedir coisas que não seriam razoáveis. Vamos dizer, não é razoável um deputado de um partido de oposição pedir estrutura de campanha, que há (sic) o eufemismo que se usa para pedir dinheiro (...) O encontro foi marcado para isso”, disse. “Inclusive vamos dizer, as ajudas que o deputado pediu, algumas delas foram dadas posteriormente. Não todas da maneira que ele queria”, ressaltou Arruda, de acordo com trecho obtido pelo iG.

Arruda e a Justiça

Desde o fim do ano passado, especula-se em Brasília que Arruda busca um acordo de delação premiada para apontar políticos nacionais que receberam recursos do esquema revelado no fim de 2009. Até agora nunca havia sido aventada a participação de um integrante do PT.

Os advogados de Arruda ainda sustentam que ele é inocente. Os trechos do depoimento lidos por esta reportagem denotam que Arruda está disposto a ajudar. “Eu já perdi tudo que eu tinha que perder, eu agora vou me pautar absolutamente pela verdade (...)”, disse.

Na semana passada, as revistas "Veja" e "Época" publicaram entrevista de Arruda em que o ex-governador afirma ter ajudado financeiramente e politicamente os integrantes do DEM, seu ex-partido, como deputado ACM Neto (BA) e o senador José Agripino (RN). Todos negaram as acusações.

Arruda poderá ficar inelegivel por 8 anos

     Em sessão realizada nesta quarta-feira (23), o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) rejeitou os gastos do governo de José Roberto Arruda, durante sua gestão em 2009 . Por quatro votos a dois, o processo será encaminhado para a Câmara Legislativa do DF, onde será julgado. Se os deputados reprovarem os gastos, a situação de Arruda deve ficar difícil, pois perderá os direitos políticos e ficará impedido de ocupar cargo público durante oito anos.

A sessão, como todas no TCDF, foi pública, mas, devido o interesse que foi despertado e o número de autoridades que estiveram presentes, o acesso foi prioritário para as autoridades e profissionais da imprensa. Durante a sessão, o relator do caso, Conselheiro Manoel de Andrade, comentou sobre as denúncias de corrupção do DF, investigadas pela Operação Caixa de Pandora. Ele propôs a rejeição das contas de Arruda destacando a “prática recorrente de contratos emergenciais” em 2009.

Informações do Clicabrasília.com.br

DENUNCIA FORA DE HORA OU SEM SENTIDO?

Deu em O GLOBO:

Dono do “Jornal da Quadra” teria ganho R$800 mil para publicar matérias favoráveis; advogado do governador nega

Jailton Carvalho

BRASÍLIA. Numa denúncia que pode provocar uma reviravolta no quadro político no Distrito Federal, o empresário José Seabra Neto, dono do semanário “Jornal da Quadra”, decidiu romper um pacto de silêncio e acusou Agnelo Queiroz (PT) de usar caixa dois para se eleger governador do DF na campanha eleitoral do ano passado. Numa entrevista exclusiva ao GLOBO, na segunda-feira, Seabra disse que recebeu R$50 mil por semana durante toda a campanha para produzir edição semanal de 100 mil exemplares do “Jornal da Quadra”, com matérias favoráveis a Agnelo e contra o ex-governador Joaquim Roriz (PSC), principal adversário na disputa. Os pagamentos não constam na prestação de contas de Agnelo à Justiça Eleitoral.

- Sou testemunha ocular. Eu recebi dinheiro para fazer um jornal para apoiar Agnelo Queiroz. Nós tirávamos 100 mil exemplares por semana. O pagamento era feito semanalmente em espécie, R$50 mil – disse Seabra.

Ao todo, ele teria recebido R$800 mil entre junho e novembro do ano passado para produzir 16 edições do jornal e distribuir os 100 mil exemplares principalmente no Plano Piloto. Segundo o empresário, o caixa dois tinha como coordenador o delegado da Polícia Civil Miguel Lucena, hoje diretor da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal). Seabra diz que recebia envelopes com o dinheiro das mãos de Lucena ou de outros emissários do delegado. Na época, Lucena era coordenador de Inteligência e Segurança da campanha de Agnelo.

Segundo ele, alguns pagamentos foram feitos numa das lanchonetes do Centro Empresarial Norte, um prédio de salas comerciais no início da Asa Norte. A sala 108 B, do prédio, abriga a sede administrativa do “Jornal da Quadra”. Lucena chegava com o dinheiro guardado num envelope ou enrolado num jornal e entregava o pacote. Seabra diz ainda que manteve encontros e recebeu pelo menos um dos pagamentos no café do Garvey Hotel, no Setor Hoteleiro Norte.

O empresário sustenta que recebeu um dos pagamentos no estacionamento de uma loja do supermercado Walmart, próximo a Rodoferroviária. Naquela semana, o pagamento seria feito por um outro emissário da campanha. Seabra não revela o nome. O emissário, que não queria ser visto na companhia de Seabra, teria marcado o encontro. Ele teria entregue o dinheiro ao dono do “Jornal da Quadra” sem sair do carro. Seabra sustenta que depositava os recursos numa conta na agência do BRB (Banco Regional de Brasília).

Procurado pelo GLOBO, Agnelo escalou o advogado Luiz Carlos Alcoforado para rebater as acusações. Coordenador jurídico e responsável pela prestação de contas de Agnelo, Alcoforado negou qualquer irregularidade e chamou para si a responsabilidade por eventuais vícios:

- Ninguém fez arrecadação de maneira imprópria ou ilícita. Se essa premissa fosse tolerável, certamente nós não teríamos terminado a campanha com um déficit. Nós estamos ainda devendo a vários prestadores de serviço. Se houve qualquer vício, qualquer defeito, o responsável serei eu porque eu fui contratado para fazer isso.

Miguel Lucena confirmou que teve vários encontros com Seabra durante a campanha, mas negou que tenha dado dinheiro ao empresário. Num dos encontros, ele diz que foi levar um artigo escrito pela mulher, a ex-deputada Maria José. Em outros, Seabra teria apenas participado de reunião como amigo de pessoas ligadas à campanha. Lucena disse que vai processar Seabra por denunciação caluniosa:

- É mentira. Ele tem que dizer onde foi o local que eu fiz e a forma que dei (o dinheiro). Se ele publicar, vou processá-lo.

Dinheiro vinha ‘em envelopes’

JOSÉ SEABRA NETO

BRASÍLIA. Entre nervoso e abatido, o empresário José Seabra Neto confirmou em entrevista a denúncia de caixa dois na campanha do petista Agnelo Queiroz para o governo do Distrito Federal.

Jailton de Carvalho

Você diz que o governador Agnelo Queiroz fez caixa dois durante a campanha eleitoral. Você mantém essas acusações ?

JOSÉ SEABRA NETO: Sou testemunha ocular. Eu recebi dinheiro para fazer um jornal para apoiar Agnelo Queiroz.

Que jornal? Como eram feitos esses pagamentos?

SEABRA: Era o “Jornal da Quadra”. Nós tirávamos cem mil exemplares por semana. O pagamento era feito semanalmente em espécie, R$50 mil.

Quem fazia os pagamentos?

SEABRA: Eram emissários da coordenação da campanha. O dinheiro era concentrado por meio do doutor Miguel Lucena.

Onde eram feitos esses pagamentos?

SEABRA: Ou me traziam na minha empresa ou eu pegava no Manhattan Flat ou pegava com empresários que apoiavam a campanha.

Como esse dinheiro era entregue?

SEABRA: Em envelopes pardos, embrulhados em jornal, várias maneiras.

Você emitiu algum recibo?

SEABRA: Nenhum.

Como você sabe que esse dinheiro era de caixa dois?

SEABRA: Não era um dinheiro declarado. Chegava limpo em minhas mãos, em espécie. Não era cheque nominal nem nada.

Por que você resolveu fazer a denúncia agora ?

SEABRA: Eu não denunciei. Eu escrevi uma matéria sobre o assunto. Repórter não denuncia, escreve as matérias. Eu era dono das informações e escrevi a matéria.

fonte: blogdodonnysilva

COMPLICA SITUAÇÃO DE CELINA LEÃO

Lilian Tahan/ Ricardo Taffner

   Na semana passada, a deputada havia negado qualquer envolvimento com o contrato, considerado ilegal, firmado entre a empresa do cunhado e a administração da cidade

O marido da deputada distrital Celina Leão (PMN), Fabrício Faleiro Ferreira Hizim, foi quem atestou as obras realizadas em Samambaia pela Entec Consultoria e Engenharia Ltda., contratada pela administração regional da cidade. Há uma semana, a distrital afirmou que nem ela nem o marido participaram do processo. Mas documentos obtidos, com exclusividade, pelo Correio demonstram que Fabrício assinou atestados de execução dos serviços para a regional.

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) considerou ilegal a parceria estabelecida entre a Entec e a Administração Regional de Samambaia entre 2008 e 2009, época em que Celina era chefe de gabinete de Jaqueline Roriz (PMN) na Câmara Legislativa. A empresa está em nome de Marconi Faleiro, irmão de Fabrício e cunhado da distrital, que passou a ser investigada pelo Ministério Público por suposta fraude em licitações.

A Entec foi contratada pela administração da cidade para prestar serviços de construção de praças e paradas de ônibus, e de recuperação de calçadas, além de limpeza em bocas de lobo nas QRs 202, 204, 206, 210, e em quadras do setor de mansões de Samambaia. O negócio entre a empresa e a administração regional gerou quatro processos, de números 142.000636/2008, 142.000183/2008, 142.000643/2008 e 142.000262/2008.

Três deles continham 10 certidões, às quais o Correio teve acesso, atestando a execução das obras. Os documentos são assinados sempre por três pessoas, o executor do convênio, o supervisor da obra e o responsável pela execução, campo em que Fabrício Faleiro aparece como signatário.

A contratação da Entec pela Administração Regional de Samambaia já era, por si só, um indício da proximidade entre os interesses empresariais de pessoas ligadas a Celina com esse órgão no período em que Jaqueline era deputada distrital. Os atestados de execução assinados pelo próprio marido de Celina demonstram vínculo ainda maior entre os negócios da família da hoje distrital e a regional onde ela tinha trânsito. Para atestar que as assinaturas são, de fato, do marido de Celina, a reportagem reconheceu firma do documento no Cartório do 1º Ofício de Notas e Protesto de Brasília.

Na tarde de ontem, essa autenticação foi feita por semelhança entre a assinatura registrada no estabelecimento e a que consta no documento comprovando a execução da primeira etapa de serviços de construção/revitalização de praças em Samambaia. (veja fac símile)

Fraudes





Na última sexta-feira, Celina afirmou, em entrevista ao Correio, que seu marido nunca havia se envolvido nos negócios de Samambaia. “Ele não tem nada a ver com essas obras. Quem responde pela Entec é o Marconi. Se há alguma irregularidade no processo, então é ele quem terá de se responsabilizar”, disse a distrital.

Celina reagia, na ocasião, às denúncias de que os contratos feitos entre a Entec e a administração foram considerados fraudulentos pelo Tribunal de Contas do DF, que acatou os argumentos da representação feita pelo Ministério Público de Contas.

Os auditores do TCDF encontraram várias evidências demonstrando que 44 empresas, entre elas a Entec, combinavam o resultado das propostas. “Em todas as licitações foram detectadas ocorrências que, com elevado grau de certeza, apontam para indícios de que houve comunicação entre as licitantes no intuito de favorecer determinado resultado”, diz o documento. Entre as constatações estão semelhanças, tanto visuais quanto de conteúdo, das propostas apresentadas por diferentes firmas. Há casos de frases, expressões e até erros de ortografia idênticos em documentos apresentados por concorrentes.

De acordo com denúncias que foram apresentadas recentemente ao Ministério Público, a fraude em licitações era uma das formas de desvio de dinheiro público da Administração Regional de Samambaia, que, durante o governo Arruda, ficou sob o comando de Jaqueline Roriz, à época em que Celina Leão ocupava a chefia de gabinete da então deputada distrital. Jaqueline Roriz e o marido, Manoel Neto, foram flagrados recebendo R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa.

Em depoimento, ele afirmou que o dinheiro foi viabilizado com recursos da propina paga por empresários que prestavam serviços ao GDF. Relatos de pessoas que trabalharam no gabinete de Jaqueline e na própria Administração Regional de Samambaia apontam Jaqueline, Manoel Neto e Celina Leão como responsáveis por montar um esquema de desvio de dinheiro do órgão.

A assessoria de imprensa da deputada Celina Leão afirmou ao Correio que Fabrício Faleiro não é funcionário da Entec e disse que qualquer assunto relacionado à empresa deverá ser tratado com a própria firma. Dono da Entec, Marconi Faleiro disse que nunca manteve nenhuma relação comercial com Celina Leão.

Ele confirmou, no entanto, o vínculo profissional com Fabrício, que, segundo disse, é o executor de obras da empresa. “Fabrício não é meu sócio, mas sempre me ajuda quando é preciso.” Marconi negou ainda qualquer irregularidade nos contratos de suas empresas.


fonte:blogdodonny