ENQUETE: QUAL A AVALIAÇÃO QUE VOCÊ FAZ DA ADMINISTRAÇÃO DE ZÉ LUIZ ATÉ O MOMENTO EM BRAZLÂNDIA?

sábado, 23 de julho de 2011

PITIMAN VOLTA A CÂMARA E GDF PROCURA VAGA PARA QUIRINO


    A volta de Luiz Pitiman (PMDB) para a Câmara dos Deputados vai exigir do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, a mexida em mais de uma peça no tabuleiro da distribuição dos cargos do Executivo. Isso porque o retorno do peemedebista às atividades legislativas desabrigará o seu suplente, Ricardo Quirino (PRB). Aliado de primeira hora de Agnelo, ele não deve ficar desempregado por muito tempo. Um novo lugar para abrigá-lo começará a ser discutido na próxima segunda-feira.

Quirino afirmou que ainda não conversou sobre seu futuro com o governador, mas disse que se reunirá com o chefe do Executivo para discutir os desdobramentos da saída de Pitiman da Secretaria de Obras. “Suplente é assim mesmo. Eu estou conformado. O importante é que eu possa contribuir de alguma forma com o governador Agnelo”, disse ao Correio. O ainda parlamentar afirma ter o perfil voltado para a área social. “Gostaria de contribuir no social, mas, se o governador achar que eu devo ajudar de outra forma, estou disposto a conversar.”

Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, Ricardo Quirino sempre esteve entre as preocupações de Agnelo. O PRB é aliado de longa data do petista e chegou a apoiá-lo na candidatura ao Senado, em 2006. A escolha de Pitiman para comandar uma pasta no primeiro escalão teve como um dos fatores, justamente, a oportunidade de dar o mandato ao suplente.

Agnelo preza muito a base do colega, mas dificilmente o Partido dos Trabalhadores abrirá mão da Secretaria de Desenvolvimento Social, comandada por Arlete Sampaio (PT), para cedê-la a um aliado. De toda sorte, o governador deverá encontrar outra função ligada à área para atender o PRB. Ricardo Quirino recebeu 30.969 votos na eleição do ano passado e ficou em 12º lugar entre os candidatos a deputado federal do DF. Como o partido dele se coligou com o PMDB, acabou se tornando primeiro suplente e assumiu a vaga logo no início do mandato. 

Informações do Correio Braziliense

AGNELO ANUNCIARÁ SUBSTITUTO DE PITIMAN NA PRÓXIMA SEMANA

Ana Maria Campos / Ricardo Taffner

     Um dia depois de entregar a carta de demissão, o secretário de Obras, Luiz Pitiman, ainda falava ontem como integrante do governo. Evitou dar declarações públicas e prometeu comentar a crise apenas depois que a exoneração for publicada no Diário Oficial do Distrito Federal, o que deve acontecer no início da próxima semana. “Continuo trabalhando. Em respeito ao cargo de confiança ao qual fui nomeado pelo governador Agnelo Queiroz, eu me reservo ao direito de não falar”, limitou-se a dizer Pitiman ontem ao Correio sobre a saída do Executivo.

O silêncio foi a estratégia adotada também pelo vice-governador Tadeu Filippelli, presidente regional do PMDB e padrinho político de Pitiman. Ele espera indicar o novo secretário de Obras e o nome em discussão é o do atual presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Maurício Canovas. O governador Agnelo Queiroz (PT) passou o dia em reuniões. Não teve compromissos públicos e espera a volta do secretário de Governo, Paulo Tadeu, que passou os últimos dias fora de Brasília, para anunciar o sucessor de Pitiman.

A troca no comando da Secretaria de Obras era aguardada com interesse por petistas do Distrito Federal. Agnelo prometeu, na última semana de junho, que mexeria na pasta, mas queria tomar providências de forma a não provocar atritos com o secretário, a quem quer manter como um aliado na Câmara dos Deputados. Pitiman tem mandato de deputado federal e assumirá o posto com a saída do governo. Além disso, durante os meses em que esteve no cargo de chefe das obras, manteve uma boa relação com o governador. O problema dele é outro. O estilo dele desagradou petistas de diversas correntes. Inaugurou obras sem o aval do PT e se colocou abertamente como um candidato a cargo majoritário.

Um outro detalhe provocou discórdia. Pitiman tem a imagem associada ao ex-governador José Roberto Arruda, de cujo governo participou como presidente da Novacap, entre 2008 e 2010. Para petistas, essa vinculação tornou-se um risco político. O próprio Filippelli manteve atritos com o secretário de Obras que escolheu. Os dois são amigos, mas Pitiman passou a trilhar caminho independente.

O vice-governador foi solidário ao correligionário e não concordou com a fritura política imposta a Pitiman. Ele esperava que qualquer reclamação relativa ao trabalho da Secretaria de Obras fosse feita diretamente ao comando do PMDB, assim como a troca no comando da pasta. Em entrevista ao Correio, há duas semanas, Filippelli declarou que estava solidário a Pitiman e, se houve erros de integrantes do PMDB, falhas também foram praticadas por representantes de outras legendas, inclusive do PT. Falava, assim, como presidente de partido, preocupado em preservar um liderado.

Justificativas

Pitiman entregou a Agnelo na última quinta-feira uma carta de duas laudas, escrita com minúcias, em que apresentou as justificativas para o pedido de demissão. O governador afirmou, por meio de assessores, que Pitiman é um colaborador e permanecerá como tal onde estiver, no Executivo ou na Câmara dos Deputados. O documento tem apenas uma cópia, que permanece com o peemedebista. Em conversas reservadas, o secretário não escondia certa mágoa com a campanha promovida por setores do PT para derrubá-lo do cargo.
Além da Secretaria de Obras, outras áreas do governo podem passar por mudanças. Há possibilidade, por exemplo, de remanejamento na Secretaria de Educação. Agnelo também prometeu a petistas que faria uma troca na pasta, com a indicação de um novo técnico para o cargo hoje ocupado pela professora Regina Vinhaes Gracindo. Nesse caso, existe uma pressão do comando do Sindicato dos Professores (Sinpro), base petista, para a escolha do sucessor. O PDT também espera ver no cargo um técnico ligado ao partido.

Mais alterações

A semana será decisiva para Agnelo. Ele deve anunciar alterações na estrutura administrativa para começar o mês de agosto, depois das férias dos deputados distritais, fortalecido para os embates do segundo semestre na Câmara Legislativa. O governo precisa aprovar o Plano Plurianual, com as diretrizes estratégicas para os próximos quatro anos (2012-2015), a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial(Pdot) e o primeiro orçamento elaborado pela equipe de Agnelo Queiroz. Por isso, há possibilidades de outras mudanças no primeiro e segundo escalões para atender demandas dos partidos que apoiam o GDF.

Nova discussão

A revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial foi anunciada pouco depois do início da nova gestão. Como o Tribunal de Justiça do DF considerou inconstitucionais 60 dispositivos do projeto aprovado em 2007, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano decidiu reabrir as discussões sobre esse assunto para substituir artigos que haviam sido derrubados pelo Judiciário local.

Publicado em 23/07/2011 por Donny Silva

AGENDA DO GOVERNADOR AGNELO QUEIROZ - SÁBADO (23)

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
Secretaria de Estado de Comunicação Social

- Sem compromissos oficiais.