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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

AGNELO ATENDE DILMA E DÁ AVISO PRÉVIO AO PODEROSO PAULO TADEU

Publicado em 08/09/2011 por Donny Silva

Centralizador, Paulo Tadeu está deixando a secretaria de Governo
    O deputado Paulo Tadeu (PT) está arrumando as gavetas. A contagem regressiva para que ele deixe o cargo já começou. Ele sai da Secretaria de Governo não por inoperância administrativa, mas por ineficiência política. Centralizou muito e pouco falou. Tem sido muito gerente e pouco relações públicas. O Palácio do Planalto detectou na figura dele um dos principais entraves para promover a imagem de Agnelo Queiroz. E sugeriu ao próprio governador um remanejamento.

Monitorado 24 horas do dia pelos assessores diretos da presidente Dilmna Rousseff, o governador foi avisado que alguma coisa não ia bem no Palácio do Buriti. E Agnelo, em função do que ouviu do emissário palaciano Gilberto Carvalho, está  disposto a mudar não apenas Paulo Tadeu, mas boa parte do secretariado. As alterações devem ser anunciadas já nesta sexta 9.

O governador levou a sério o recado transmitido pelo secretário-geral da Presidência da República há cerca de um mês e reiterado nesta quarta-feira 7 pelo próprio Gilberto Carvalho. Consciente que toma conta da principal vitrine no PT, Agnelo resolveu adotar suas precauções antes de se encerrar o prazo de 60 dias dado pela presidente em agosto. “É preciso acertar o mais rápido possível o ritmo do governo do Distrito Federal e dar fim à descoordenação geral de sua administração”.

Agnelo Queiroz e Paulo Tadeu

Com essa frase martelada no ouvido e frente à frieza da presidente Dilma, o governador se vê mais motivado para mexer nas peças da sua equipe. Ele entende que não pode falhar essa reforma do secretariado, pois Dilma não lhe dará mais espaço político e acesso pessoal. Agnelo sabe que não contará mais com a boa vontade da presidente para a transferência de recursos da União que dependem estritamente do prestígio do governador, como atualmente ocorre com Antonio Anastásia (Minas Gerais), Geraldo Alckmin (São Paulo) e Eduardo Campos (Pernambuco).

Para deixar claro que as parcerias do Governo Federal vão somente para as unidades que demonstrem capacidade técnica de absorção dos recursos federais, Dilma acertou com Alckmin o megaempreendimento do Ferroanel de São Paulo. Esse é apenas um exemplo.
Essa abertura está distante de acontecer com o Governo do Distrito Federal. A pesquisa que atribuiu apenas 26% de aprovação ao governo de Agnelo Queiroz foi pesada e sopesada no Palácio do Planalto, como indicativo de desnorteamento administrativo e falta de liderança política do governador.
Sob a ótica do Planalto, o governo local é visto como um bando atulhado e desarticulado de representantes dos partidos, cada um cuidando do seu interesse particular, sem contribuição para um trabalho de equipe.
O governador Agnelo está convocando seus principais assessores desde segunda-feira (após o impacto da recusa de Dilma em cumprimentar-lhe com deferência na cerimônia da troca da Bandeira, na véspera) para aprofundar a reforma de seu secretariado, que envolveria diversas secretarias, empresas, autarquias, além da criação de novas agências.
Mas se a reforma desagradar ao Palácio do Planalto por tímida ou demonstrar que o governador está cerceado por seu temperamento concessivo às forças e influências que o dominam, neste caso não haverá mais complacência com ele, o que levara à “intervenção branca” do Governo Federal no GDF, através de um executivo da confiança da presidente da República que ocuparia a posição número 2 no Palácio do Buriti – justamente a que foi confiada desde janeiro a Paulo Tadeu.

Fonte:  Notibras  com Carta Polis / blogdodonnysilva

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