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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Planalto atua para evitar racha na base

     Com insatisfações de todos os tipos na base aliada, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) esteve ontem no Congresso para avisar que o governo não vai aceitar que disputas internas nos partidos interfiram na manutenção de ministros.Ideli se reuniu com deputado na tentativa de "harmonizar" a base na Câmara. Um dos temores da ministra é que os governistas "insatisfeitos" deem quorum para a instalação de uma CPI da Corrupção que investigaria suspeitas de irregularidades em ministérios do governo.Em relação aos problemas internos dos partidos, a maior preocupação do governo é com o PP, cuja bancada passa por um racha.

Parte significativa dos deputados da legenda não apoia o ministro Mário Negromonte (Cidades).O ministro, por outro lado, tem dado entrevistas com ameaças diretas aos aliados descontentes. A falta de apoio interno e a "guerra pública" no PP podem inviabilizar a permanência de Negromonte na pasta.Outra briga que preocupa é no PMDB. Parte da bancada questiona a liderança de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o privilégio dado por ele a parlamentares.
A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), chegou a defender até a saída do ministro Pedro Novais (Turismo), apadrinhado por Alves e pelo vice-presidente Michel Temer.A ministra também atua contra a reação de aliados que dizem que a presidente promove uma "faxina" ao demitir ministros.

"Tem uma determinação clara da presidente: os partidos têm suas independências absolutamente respeitadas pelo governo. Sob qualquer disputa interna não haverá qualquer interferência."Ideli disse que seu trabalho é buscar harmonia e unidade. "[A determinação é] Nem intervir na disputa interna nem permitir que a disputa afete a manutenção de ministros", afirmou.

A ministra criticou ainda a atitude do líder do PR, Lincoln Portela (MG), de assinar o pedido de CPI, dizendo que isso vai na "contramão" de todos os sinais que o governo vem dando para aproximação com a sigla.O PR declarou "independência" após a saída de Alfredo Nascimento (Transportes), envolvido em suspeitas."Agora temos que ter um pouco mais de paciência. Vão ser mais alguns litros de saliva", afirmou Ideli.A CPI conta com 123 nomes de deputados e 20 de senadores -são necessários 171 na Câmara e 27 no Senado.Informações da Folha.

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