ENQUETE: QUAL A AVALIAÇÃO QUE VOCÊ FAZ DA ADMINISTRAÇÃO DE ZÉ LUIZ ATÉ O MOMENTO EM BRAZLÂNDIA?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

TRANSIÇÃO SILENCIOSA E SEM FOFOCAS

      O trabalho da equipe de transição, chefiada diretamente pelo governador eleito Agnelo Queiroz (PT), vem sendo feito sem muito alarde. Um ponto ou outro mais alarmante chega a vir à tona, até para evitar que se torne um problema maior futuramente ao novo governo.
      Nessa hora a imprensa é importante aliada, ao tornar público aquilo que está errado. A transparência das ações governamentais é chave para uma boa administração e serve como precaução para evitar percalços.
     Um exemplo foi a reunião entre Agnelo e o governador Rogério Rosso (PMDB), para tratar de questões relativas ao sistema de saúde. A inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia gerou uma discórdia entre as equipes dos dois, mas logo debelada pelo bom senso.
    Depois da divergência pública, os dois resolveram acertar os ponteiros para não prejudicar a transição. Outros fios desencapados foram resolvidos na velha e boa conversa. Agrada, ainda, a condução das negociações para compor o primeiro e segundo escalões do governo Agnelo. Os chutes dados pela imprensa até agora não passaram nem perto das traves do Palácio do Buriti.
   Um ou outro nome do secretariado foi acertado pela imprensa, mas porque beirou o óbvio. É o caso da deputada distrital eleita Arlete Sampaio (PT) que deve assumir a pasta de Desenvolvimento Social.
   Além disso, não deve passar de três o número de deputados distritais no primeiro escalão do governo Agnelo. O PT pode até ter um segundo parlamentar no Executivo, mas o martelo ainda não foi batido e as conversas se restringem a bastidores, sem muito holofote.
   Quem pensava que a transição seria uma briga de foice entre as muitas legendas que apoiaram a chapa Agnelo-Tadeu Filippelli, apostou errado. O apetite dos partidos por cargos não mudou. A questão é que tudo tem sido conduzido de forma inteligente, para não causar constrangimento tanto ao próprio governador eleito quanto a seus aliados.
    Na Câmara Legislativa, o maior desafio é adequar o orçamento às necessidades do próximo governo. Para isso, Agnelo conta com aliados: o seu vice, Filippelli (PMDB), conhecido pela sua habilidade de articulação; e do distrital e deputado federal eleito Pauto Tadeu (PT), que cresceu muito nessa eleição, ao ponto de ser decisivo na escolha do deputado Cabo Patrício (PT) como nome da base aliada para a presidência da Câmara Legislativa.
    Se a escolha foi certa ou errada, o tempo dirá. Se causou rusgas entre os aliados, elas ainda não se tornaram públicas. Patrício foi escolhido para chefiar o Legislativo por sua coragem em celebrar certos acordos que outros parlamentares do PT teriam receio. Ele consegue enxergar ao longe uma boa oportunidade. Essas características o credenciaram para presidir a Câmara.
    Mas, o importante, é que o pré-governo de Agnelo começa de forma positiva. Ele terá que manter o pulso firme e poder de persuasão para evitar aloprações de aliados quando a sua administração começar de fato.
    O fogo amigo, tão comum em governos petistas – vide Palácio do Planalto -, deve ser evitado para o bem de Agnelo. Do contrário, as labaredas podem incendiar o seu governo


fonte: blogdocallado

Nenhum comentário: